História
Localizada no Agreste paraibano, a 133 km de João Pessoa, a cidade de Queimadas fica numa região que tem em sua história as marcas da chegada do gado ao interior do nosso Estado, no século XVIII. A data de terra onde hoje está localizada a cidade foi concedida a Pascácio de Oliveira Ledo em 13 de dezembro de 1712, como recompensa às suas atividades de conquista dos sertões (para interiorização do gado), e às guerras que praticou contra o “gentio bravo” em favor da coroa portuguesa.
O povoamento de Queimadas iniciou-se por volta do ano de 1889, quando chegaram à região as primeiras famílias: Maia, Muniz, Tavares, Gomes, Rêgo e Teixeira; foi distrito de Campina Grande até 14 de dezembro de 1961, quando foi emancipada politicamente.
A cidade possui um rico patrimônio cultural que vai desde significativa parcela da Serra de Bodopitá, que possui diversos espécimes vegetais e sítios arqueológicos pré-históricos, às edificações antigas que compõem o desenho urbano da cidade, destas edificações que remontam o final do século XIX e início do século XX, em estilo eclético e art deco, destacamos: Colégio Maria Dulce Barbosa; Cada de Yayá de Melo (conhecida como casa de Dr. Argeu, onde morou a primeira professora de Campina Grande e que acreditamos ter sido também a primeira professora de Queimadas); o Casarão Amarelo, onde funcionou a primeira Prefeitura; a Igreja Católica; o prédio da Socal, uma usina de beneficiamento de algodão construída em 1935 (hoje extinta); e o Colégio José Tavares.
Entre as manifestações culturais que a cidade possui, podemos citar o coco-de-roda, tradição com mais de duzentos anos, originário da cidade de São Vicente (PE), que tem características herdadas das culturas indígena e africana, amplamente praticada nas zonas rurais do município de Queimadas, especialmente nas novenas de terno, evento religioso que junta aspectos das três culturas formadoras de nossa nacionalidade. Por ser um ponto de passagem para o Sertão, Queimadas tem o privilégio de receber grande número de pessoas de outras cidades. Além disso, tem potencialidade turística própria, seja no turismo de eventos de festas tradicionais (a exemplo da Festa de Reis), seja no turismo de aventura, que é praticado no Complexo da Pedra do Touro, onde é possível fazer trilhas, práticas de rapel, acesso à gastronomia local e ainda visitar doze sítios arqueológicos.
Assim, a cidade de Queimadas não é só um ambiente de passagem e negócios, mas um verdadeiro museu a céu aberto, que merece ser protegido e conhecido para que as gerações futuras tenham a possibilidade de aproveitar aquilo que foi deixado por nossos antepassados.
FONTE: queimadascultural.blogspot.com.br
BANDEIRA
BRASÃO